terça-feira, 19 de outubro de 2010

Familia Espíndola



Pioneiros do Pantanal, que se prezem, sabem da super existência da ‘famosa’ família Espíndola. Cada integrante, que compõe o glorioso Espíndola Canta, tem um jeitinho especial de ser, e tem também uma característica marcante.
Sérgio, Humberto, Celito, Geraldo, Alzira, Tetê e Jerry fecham o núcleo dos irmãos, e somam-se com Gilson, primo, e com os filhos, que também fazem parte do cenário musical.

“Este encontro familiar resiste naturalmente ao lugar comum e não se acanha em fluir sangue de todas as veias e veios musicais marcantes na paisagem sonora rural e urbana do país”, retratou minuciosamente a mestre em Ciência da Comunicação e Pesquisadora de Sonoridades Ambientais, Marta Catunda.

Jorapino



Nascido em 1937 - Corumbá MS. Foi o introdutor da pintura moderna em Corumbá. Em 1965, ele já fazia uma pintura expressionista, de colorido vibrante, amplas superfícies de cores chapadas, cujas texturas dos golpes de espátula constituíam então a sua novidade. Pinta há mais de 20 anos e sempre foi um entusiasta, um pioneiro agindo sozinho e contribuindo para incrementar a arte corumbaense. (...) É presença importante na vida cultural da cidade. Sua pintura é estável, focalizando Corumbá e sua ambiência pantaneira. Nela estão presentes o homem, a fauna, a flora, a terra e a água. Pinta também, com nostalgia, casarios do porto de Corumbá, barcas e pescadores, etc. E é quando focaliza os camalotes, planta aquática que domina as vazantes e corixos pantaneiros, que Jorapimo consegue extravasar com mais emoção o amor à sua terra".
 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Helena Meirelles



Helena Meirelles (Campo Grande, 13 de agosto de 1924 — Campo Grande, 28 de setembro de 2005) foi uma violeira, cantora e compositora brasileira, reconhecida mundialmente por seu talento como tocadora da denominada viola caipira.
 Sua música é reconhecida pelas pessoas nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e da cultura da região. Sua primeira apresentação profissional em um teatro foi quando tinha 67 anos, e gravou dois discos em seguida. Em 1993, foi eleita pela pela revista americana Guitar Player (com voto de Eric Clapton), como uma das 100 melhores instrumentistas do mundo, por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas.

 Faleceu vítima de parada cardiorespiratória aos 81 anos, e deixou onze filhos.

Almir Sater



 Almir Eduardo Melke Sater (Campo Grande, 14 de novembro de 1956) é um violeiro, compositor, cantor e ator brasileiro.
 Nascido em Mato Grosso do Sul, desde os doze anos já tocava viola. Aos vinte anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, mas desistiu da carreira de advogado, tornando-se um músico, motivado inicialmente por escutar no Largo do Machado uma dupla tocando viola caipira . Então dedicou-se ao seu estudo, tendo Tião Carreiro como mestre. Retornou à Campo Grande onde formou a dupla Lupe e Lampião com um amigo, adotando Lupe como nome artístico. Em 1979 foi para São Paulo, onde iniciou um trabalho com sua conterrânea Tetê Espíndola, acompanhando também a cantora Diana Pequeno.Gravou seu primeiro disco em 1980, contando com a participação de Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e Paulo Simões. Fez parte da geração Prata da Casa, no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense.
 Paralelamente, Almir estabeleceu duas ricas parcerias com Renato Teixeira e Sérgio Reis criando verdadeiras pérolas do cancioneiro regional-popular.
Exímio violeiro, seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo, a utilização de diversas afinações diferentes e o resgate da música regional. Suas influências vão de Al Jarreau e Beatles às músicas mineira, andina e caipira/sertaneja tradicionais. Também toca violão e charango.

Henrique Spengler

   O brasileiro Henrique Spengler (1958 - 2003) foi Diretor de Cultura da Prefeitura Municipal de Coxim, MS. Formou-se em Educação Artística pela FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado (1981) e era pós-graduado em História da Arte. Membro ativo de associações em favor da cultura indígena criou uma nova visão contemporânea ao reinventar imagens baseadas nas abstrações das cerâmicas, couros e tatuagens da tribo Kadiweo-Mbayá, originária do Sudoeste de Mato Grosso do Sul. Era um artista neo-nativista muito original, tendo desenvolvido a técnica em gravura “cotton”, que consiste em imprimir no papel suporte valendo-se de um lençol como matriz. Participou de diversas exposições e salões, tendo sido premiado várias vezes. Recebeu o “1º Prêmio em Gravura” no 3º e 5º Salão de Artes de Dourados, MS. Participou da exposição “Por uma Identidade Ameríndia” em Assunção, Paraguai, e em La Paz, Bolívia. As gravuras do artista são releituras da simbologia nativa “Guaicuru”.

                                                 

Evandro Prado



 Evandro Batista Prado, nascido em Campo Grande – MS, em 1 de outubro de 1985.
Bacharel em Artes visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 2006.
 Com 22 anos e um currículo de causar inveja em muitos artistas. Ele já foi selecionado para participar do 5º Salão de Artes do Sesc Amapá e foi escolhido agora para participar do 59º Salão de Abril em Fortaleza, o único representante do   Centro Oeste. Seus quadros são conhecidos pelas polêmicas que causaram, mas ele garante que a única coisa que quer é provocar a sociedade.
 Nos trabalhos criados pelo artista a manipulação de imagens de segunda geração ocorre com a apropriação de ícones do catolicismo popular brasileiro, e com o questionamento de seus estatutos iconográfico e de significação. As representações de personagens sagradas em embalagens e em meios os mais diversos, possuem algo de kitsch, de banal e de descartável, resultado de suas inserções no sistema das imagens de consumo da sociedade atual. Walter Benjamin coloca que a reprodução em alta escala acarreta a extração da imagem da esfera sagrada e sua conseqüente introdução numa ordem expositiva onde acontece a perda da “aura”, do elemento único e venerável contido na imagem. São essas representações do sagrado sem “aura”, dessacralizado pela multiplicação, que Prado manipula com sentido crítico, operando com interseções entre a fé e a dúvida, a candura e a violência, o gozo e a dor, a vida e a morte.
 Ícones religiosos produzidos, como qualquer outro produto, para o consumo massificado de uma sociedade que aspira a aquisição de valores espirituais e bens materiais capazes de amenizar a sua crise subjetiva. Entretanto, tal crise é irresoluta à medida que a subjetividade atual encontra-se manipulada pelo processo de consumo simbólico gerenciado pela indústria e pelos aparelhos publicitários. Apesar da multiplicação dessas imagens e dos discursos que as empregam, o processo cultural da sociedade contemporânea revela a ausência de lugar para o sagrado – que traz em si a noção de eterno –, pois nela tudo é descartável, efêmero e principalmente insatisfatório. 


Ana Ruas



 ANA RUAS (Ana Luisa Ruas), 1966 – Machadinho Artista Plástica e Arte-Educadora Formada em Artes Plásticas pela UPF (Universidade de Passo Fundo – RS) e com especialização pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Durante 6 anos morou em São Paulo e em 1996 radicou-se em Campo Grande, MS, destacando-se no cenário das artes locais e pelos projetos voltados à arte-educação. Sua pintura recobriu telas, fachadas e viadutos de superfícies de alvenaria e concreto. Participou em 2004 do projeto Intervenção no MARCO (Museu de Arte Contemporânea), pintando uma parede interna do Museu. Em 2001, criou o projeto a Cor das Ruas, oferecendo oficinas de pintura mural aos adolescentes dos bairros periféricos de Campo Grande.Em 2003, Levou a arte para as crianças que estudam em escolas pantaneiras, no coração do Pantanal Sul Matogrossense. Criou recentemente o projeto A Cor da Idade que abrange a terceira idade.
  Por sua reconhecida competência com pintura mural e a larga experiência de intervenções em espaços públicos, Ana Ruas é a artista que inaugura essa modalidade no museu, dando um novo sentido a uma área de acesso, criando dessa forma, um diálogo poético entre o edifício e a paisagem do parque onde está inserido. 
  Essa ideia é reforçada pela artista na escolha da cor verde que cobre a maior parte da área utilizada, integrando sutilmente o espaço interno ao externo, transformando as janelas em elementos de composição que permitem essa leitura. 
   Ana Ruas utiliza a imagem de antigos corrimãos e suas balaustradas como referência à estética clássica, tendo como modelo de desenho a escadaria de madeira da Morada dos Baís, um dos mais importantes exemplos da história arquitetônica e cultural de Campo Grande.